ashtanga yoga

GURU



Sri K. Pattabhi Jois Julho 26, 1915 – Maio 18, 2009 Sri K. 

Pattabhi Jois foi um homem que através de seus ensinamentos da 

yoga, transformou a vida de inúmeras pessoas. Tendo ajudado a 

disseminar a prática diária de Astanga yoga tradicional para

 dezenas de milhares de pessoas ao redor do globo, Pattabhi nos

 oferece um retrato inédito de um grande mestre de yoga. Sri K.

 Pattabhi Jois (1915-2009) era uma alma rara e notável, que se 

tornou lendário no decurso da sua vida em virtude de grande 

serviço aos outros. Conhecido carinhosamente como Guruji, Jois

 fundou e dirigiu uma escola de yoga em Mysore, na Índia para mais

 de sessenta anos. "Astanga Yoga pode ser praticado por qualquer 

pessoa, seja criança, jovem, velho, muito velho, saudável ou

 doente. Portanto, cada aluno deve ser considerado como um 

indivíduo e com o mesmo ensino e um ritmo que é apropriado para

 sua situação de vida!" "Pratique e tudo vem" Aspectos que 

Patthabhi Jois considera como fundamentais na prática de Astanga 

Vinyasa Yoga VINYASA significa sistema de respiração e movimento.

 Para cada respiração, há um movimento. O propósito do vinyasa é limpeza interna. Respiração e movimento simultaneamente fazem com que o sangue esquente, ou como diz Pattabhi Jois: "ferve o sangue". O sangue grosso é sujo e causa doenças no corpo. O calor produzido a partir do exercício, limpa o sangue e o torna mais fino, para que ele possa circular livremente. A combinação dos asanas com o movimento e a respiração faz com que o sangue circule livremente em torno das articulações, dissolvendo os bloqueios no corpo. Quando há uma falta de circulação, a dor ocorre. O sangue aquecido também se move através de todos os órgãos internos removendo as impurezas e doenças, que são levadas para fora do corpo pelo suor que ocorre durante a prática.

 TRISHTHANA significa os três focos de atenção ou ação: postura, sistema respiratório e ponto de olhar. Estes três são muito importantes para a prática de yoga, e cobrem três níveis de purificação: o corpo, sistema nervoso e da mente. Eles são sempre executados em conjunto com os outros. 

ASANAS purificam, fortalecem e dão flexibilidade ao corpo.

UJJAYI* Pranayama (divididos em Uj + Jayi) ou “Respiração Vitoriosa”. É uma prática respiratória que se caracteriza pelo som emitido pela fricção do ar com a base da garganta (gloti). Com a prática constante o Ujjayi torna-se suave e profundo. Ujjayi deve ser mantido durante toda a prática. A respiração é rechaka e puraka, inspire e expire. Inspirar e expirar devem ser constante e uniforme. A duração da inspiracão deve ser o mesmo comprimento que a expiração. Respirando desta maneira se purifica o sistema nervoso. "A respiração (pode ser) mantida sob controle, pouco a pouco, pela força da própria prática. Embora isso seja difícil, é possível" Sri K. Pattabhi Jois yamas:disciplinas éticas com o externo niyamas: observâncias éticas internas asana : posturas pranaymas: respiração prathyahara: recolhimento dos sentidos dharana: concentração dyana: meditação samadhi:absorção do êxtase

 Oito membros do astanga yoga Descritos por Patanjali como: Yama (abstinência), Niyama (observância), Asana (posturas), Pranayama (controle da respiração), Pratyahara (abstração dos sentidos), Dharana (concentração), Dhyana (meditação) e Samadhi (despertar).

 Cada um destes ramos suporta-se ao outro. Em versos milenares, o sábio Patanjali descreveu, nos Yoga Sutras, a trajetória a ser seguida por quem quer conquistar todos os benefícios que o yoga tem a oferecer. Oito estágios rumo à iluminação, oito preceitos de um sistema filosófico milenar, oito atitudes que devem ser incluídas integralmente no dia a dia de quem busca o equilíbrio perfeito entre corpo, mente e espírito. São muitas as maneiras de definir, mas todas representam o mesmo conceito: o caminho – descrito nos Yoga Sutras, pelo sábio Patanjali – que o indivíduo deve seguir para atingir a completa libertação da alma. Antes de conhecer cada uma das etapas, no entanto, é preciso fazer uma viagem no tempo, para quase cinco mil anos atrás, na Índia antiga. Nesse período, surgiram – espalhadas pelos Vedas (textos sagrados que compõem a base do hinduísmo) – as primeiras referências sobre a filosofia que, mais tarde, viria a ser chamada de yoga. Desde então, ela começou a ser disseminada pelo país, sempre oralmente, de mestre para discípulo. Todo esse rico conhecimento só seria sintetizado em um texto escrito séculos depois. O empreendedor da tarefa foi Patanjali, uma figura tão importante quanto enigmática dentro da história do yoga. Os historiadores nunca encontraram informações precisas sobre seu local de nascimento e trajetória de vida. Seus escritos datam do século 2 a.C. “Podemos defini-los como um conjunto de 196 textos curtos que escondem profundos significados e ensinam, por meio de oito passos, como se tornar senhor de si mesmo”. Esses ensinamentos, que a seguir você confere detalhadamente, fazem parte das raízes do que hoje chamamos de raja yoga (em sânscrito, yoga real), a vertente mais antiga da filosofia.
 YAMAS - Observâncias externas Ahinsa - não violência Satya - compromisso com a verdade Asteya - não roubar ou honestidade Bramacharya - evitar má conduta sexual Aparigraha - não possesividade ou desapego
 NYAMAS - Observâncias internas Saucha - pureza ou limpeza Santosha - contentamento Tapas - auto-superação, disciplina, persistência Svadhyaya - auto-estudo Isvhvara Pranidhana - entrega, devoção 
 ASANAS - Posturas físicas Devem ser firmes e confortáveis. PRANAYAMA - Controle da respiração Exercícios específicos respiratórios.
 PRATYAHARA - Recolhimento dos sentidos 
 DHARANA - Concentração Direcionar nossos esforços ao objetivo pretendido sem distrações paralelas. 
 DHYANA - Meditação 
 SAMADHI - Despertar da ilusão dos condicionamentos 

 1 – Yamas Dar o primeiro passo nessa estrada significa formar a base necessária para vivenciar a filosofia yogue em sua plenitude. Para isso é preciso seguir cinco princípios básicos de disciplina. Quanto mais tempo for dedicado a eles, maior a chance de se obter sucesso nas etapas seguintes.
 Ahimsa: não praticar a violência. O princípio da não-violência foi mundialmente conhecido através dos gestos políticos e poéticos do líder indiano Mahatma Gandhi. Mas, além de pregar contra a violência física, ahimsa também está relacionado com não praticar atos de violência contra si mesmo, como o excesso de pensamentos negativos. Satya: falar a verdade. Ser sempre sincero – consigo mesmo e com os outros – em palavras, pensamentos e ações. Esse conceito milenar também foi eternizado pelas mensagens de Gandhi, que costumava dizer que a busca pela verdade era seu único objetivo na vida. Asteya: não roubar. Além de transmitir a idéia de que não se deve roubar e nem mesmo desejar o que é dos outros, asteya carrega um dos principais conceitos da filosofia yogue, o desapego. Seu principal ensinamento é que precisamos de pouco para viver bem. Brahmacharya: controlar os impulsos sexuais. Aqui, o sentido não é ser celibatário, mas sim saber direcionar corretamente as energias carnais. Brahmacharya prega, sobretudo, a moderação e o respeito. Aparigraha: desapego emocional. Se asteya fala sobre desejos materiais, aparigraha abrange os emocionais. O objetivo é se libertar de sentimentos como posse, ciúmes e apego, causadores de grande insatisfatoriedade. 

 2 – NIYAMAS Junto com os yamas, formam uma espécie de “código de ética yogue” de alto padrão, à qual o praticante deve dedicar-se com toda seriedade, habilidade e conhecimento. São as bases para o seu desenvolvimento sólido e firme, pois deles depende o sucesso nas próximas etapas. Saucha: pureza, limpeza. Relacionado com aspectos físicos e mentais, saucha é a purificação que se faz necessária para percorrer o caminho. Envolve desde limpeza corporal, alimentação saudável e prática de exercícios físicos, até livrar a mente de sentimentos negativos e perturbadores, como ira, ódio e inveja. Samtosha: contentamento. A alegria de receber todas as coisas da vida como um aprendizado é a chave para samtosha. Com ele, aprendemos a nos entregar com esforço e dedicação a qualquer tarefa, por mais aversa que pareça. Tapas: a austeridade tapas significa se esforçar, acreditar e ter força de vontade para alcançar um objetivo. É não desistir diante de uma privação mais dura, de uma postura mais complicada ou de uma etapa que pareça ultrapassar nossos limites. Svadhyaya: autoconhecimento e estudo sobre os textos sagrados. A literatura deve ser usada como instrumento na ampliação do entendimento do yoga e do próprio desenvolvimento espiritual e pessoal. Aqui, é importante meditar sobre a natureza interior, passar a limpo aspectos da vida e investir fundo no autoconhecimento. A sensação inicial de mexer em velhas feridas não é boa, mas, por mais que o processo pareça doloroso, é a única forma de se libertar de velhos medos e temores. Ishvara: reverência àquilo que vai além da manifestação e da dualidade. A contemplação na existência de algo maior é ishvara. Entrega, a fé que ultrapassa as barreiras das armadilhas do ego, dos bloqueios mentais ou das racionalizações. Só é possível atingir essa fase do niyama quando o praticante já desenvolveu a habilidade de praticar todas as premissas anteriores, abrindo mão de seu orgulho e egoísmo. 

 3 – ASANAS As conhecidas posturas corporais do yoga também fazem parte dessa jornada. De extrema importância dentro da filosofia, sua prática é responsável por fazer a energia fluir livremente pelo corpo, diminuindo, assim, a distância entre nossos aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais. Os asanas também trazem inúmeros benefícios para a saúde, como aumento da capacidade cardiovascular e alívio do estresse. Além, é claro, de incrementar o poder de concentração. Treinar as posturas, sempre em busca da superação dos próprios limites, é um poderoso exercício de foco e atenção.

 4 – Pranayamas Mais do que um simples “inspirar e expirar”, os pranayamas são técnicas respiratórias sutis, que envolvem quatro importantes fases: inspirar, manter o ar nos pulmões, expirar e permanecer um tempo com os pulmões vazios. O objetivo, além de desenvolver a capacidade respiratória, é direcionar a energia sutil (prana) para os diversos centros energéticos. São indicados não só para pessoas que apresentam dificuldade no aparelho respiratório, mas também para indivíduos com problemas no sistema nervoso (como depressão, fadiga, ansiedade e insônia) ou, simplesmente, para os que querem acalmar os pensamentos e as emoções. 

 5 – Pratyahara Uma transição entre as quatro primeiras fases (essencialmente práticas: Yama, Nyama, Asana, Pranayama) e as três últimas (quando o trabalho mental passa a ser o único foco): assim pode ser definido o pratyahara, o exercício de acalmar a mente e prepará-la para entrar na meditação. Nessa instrospecção dos sentidos, o importante é permitir que os pensamentos serenem e permanecer indiferente aos estímulos exteriores. 

 6 – DHARANA O sexto estágio é o exercício da concentração absoluta. Dharana é focar a mente em um único ponto. Ai já não existe mais o exaustivo "vai e vem" da mente e, dessa forma, estamos preparados para o estado meditativo profundo. Repetir mantras e manter o olhar fixo nas bruxuleantes chamas de uma vela são algumas das sugestões que os Yoga Sutras trazem para que se consiga desenvolver o foco necessário para cumprir essa etapa com excelência.

 7 – Dhyana A um passo de se atingir a iluminação está o dhyana, do qual você deve já ter ouvido falar. Trata-se de um estado profundo, o momento em que as confusões da mente, finalmente, cessam. A partir daquilo que foi aprendido ali, os problemas do dia-a-dia passam a ser vistos como questões simples de serem resolvidas e o momento presente passa a ser o mais importante pra ser vivido. 

 8 – SAMADHI RESULTADO FINAL DESSE LONGO PROCESSO, SAMADHI É O ESTADO NATURAL NO QUAL A CONSCIÊNCIA É DESIMPEDIDA. É CLARO QUE NINGUÉM CHEGA AQUI POR ACASO, O SAMADHI É A CONSEQÜÊNCIA DA APLICAÇÃO PERFEITA DOS SETE PRINCÍPIOS ANTERIORES, SINAL DE QUE NÃO HÁ MAIS NENHUMA CORREÇÃO A FAZER, DE QUE A MENTE HUMANA ATINGIU SUA PLENITUDE. A RECOMPENSA, UMA SENSAÇÃO DE SATISFATORIEDADE QUE INDEPENDE DE QUALQUER FATOR EXTERNO. A PRÁTICA DE ASANA DEVERÁ SER ESTABELECIDA PARA UMA PRÁTICA CORRETA DA RESPIRAÇÃO, SENDO A CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO DE ABSTINÊNCIAS E OBSERVÂNCIAS. ASSIM QUE ESTES 4 EXTERNOS RAMOS ESTEJAM BEM IMPLANTADOS, OS ÚLTIMOS QUATRO MEMBROS, INTERNAMENTE ORIENTADOS, IRÃO APARECER NATURALMENTE COM O TEMPO.

Om shanti

OM SHANTI !!!!
NAMASTE !!!!